António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar pretende antecipar a meta proposta para o investimento em inovação e desenvolvimento (I&D). A meta prevista representa 3% do PIB, ou Produto Interno Bruto.
Segundo indicações de António Costa Silva durante a inauguração do centro Nokia para I&D em redes móveis 5G e 6G, em 2021 o investimento em I&D atingiu 41,64% do PIB. Deve chegar a 3% do PIB em 2030, mas pretende antecipar essa realidade.
O ministro defende a possibilidade de antecipação da meta devido ao investimento feito em Portugal por outras multinacionais na área da tecnologia. Em 2021 foi avançada uma programação adequada para a alavancagem do investimento em I&D, de forma a que o objetivo seja alcançado.
António Costa Silva considera sobre a antecipação da meta de investimento em I&D que “Existem cada vez mais propostas de investimento em áreas de centros de conhecimento e do saber, e isso é absolutamente vital. Temos aqui uma espécie de mudança do paradigma de intervenção das companhias internacionais. (…) Hoje, estamos a direcionar os investimentos para a área da tecnologia, do conhecimento, daquilo que são as respostas tecnológicas avançadas no futuro”.
Os investimentos realizados pela Nokia em Portugal durante a sua atividade em território nacional desde 1982 também foram salientados, que o ministro considera estar alinhados com a estratégia governamental.
Portugal tem um papel a desempenhar para a autonomia estratégica da Europa e da liderança tecnológica que a Europa deve ter em áreas-chave para António Costa Silva. Foi revelado que o país é o 3º da UE que mais engenheiros forma de alta qualidade.
O Governo pretende um modelo de desenvolvimento económico assente na inovação tecnológica, conhecimento e disseminação do mesmo por toda a estrutura produtiva”. Portugal regista aproximadamente 72 mil pessoas empregadas em 208 centros tecnológicos de multinacionais, dos quais 37 são centros I&D.
Foi ainda indicado que A maior parte do investimento em I&D é feito pelas empresas em consonância com o investimento público, referindo os cerca de 26 mil investigadores que realizam investigação e trabalhos de doutoramento em contexto empresarial.
As exportações de alta e média tecnologia cresceram 40%, desde 2015 e o saldo da balança tecnológica do país multiplicou-se por 10 vezes. De 119 milhões de euros em 2015 para 1 239 milhões de euros em 2021.