A União Europeia encontra-se a ultimar a nova regulamentação sobre o nível de exigência na conceção ecológica de produtos, no âmbito da transição ESG. Esta nova regulamentação vai introduzir normas mínimas, capazes de abranger um maior espectro de setores na sua estratégia de sustentabilidade e ecologia da produção europeia.
O novo regulamento vai ocupar o lugar da Diretiva 2009/12/CE atualmente em vigor, que se foca nos artigos relacionados diretamente com o consumo energético (por exemplo o material elétrico e eletrónico), e cria requisitos de sustentabilidade ambiental para a grande maioria das categorias de produtos, exceto os seguintes:
- Géneros alimentícios;
- Alimentação animal;
- Medicamentos;
- Produtos veterinários;
- Veículos a motor
As novas regras da União Europeia para a produção ecológica vão ainda incluir requisitos ligados a critérios de durabilidade, atualização e reparação, incentivo à circularidade, eficiência energética, reciclagem, entre outros (o que irá garantir um menor impacto ambiental durante o ciclo de vida dos produtos).
A nova regulamentação tem previsto um período de transição para os operadores económicos se poderem adaptar à mesma. As empresas devem começar a preparar e fortalecer o seu alinhamento estratégico face à adoção de critérios ESG (explicado neste artigo REWARD Consulting), critérios esses de extrema importância para as empresas manterem a sua competitividade no mercado global.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris geraram sinergias para acelerar a transformação da Europa nestes pontos, foram também adotadas medidas para atingir os objetivos de sustentabilidade e cumprir as metas acordadas de neutralidade carbónica.
As regulamentações europeias de sustentabilidade estão a pressionar para que o financiamento favoreça negócios cujas estratégias estão alinhadas com os critérios ESG.
As grandes empresas já enfrentam exigências no reporting, exigências que se irão estender a todo o tecido empresarial e às suas cadeias de valor, pelo que as PME devem adaptar-se a estas normas e integrar a sustentabilidade nas suas práticas.