O mais recente episódio da rubrica G5M aborda as normas ESG, ou Environmental, Social and Governance.
Os critérios ESG refletem aspetos ambientais, sociais e de governança e têm o objetivo de evitar a deterioração dos recursos naturais, promover práticas de gestão centradas na comunidade e nas pessoas e uma gestão empresarial íntegra.
Neste episódio é demonstrado como implementar as normas ESG na organização de forma prática e que aspetos contemplar.
Definição dos critérios / normas ESG
Os critérios ESG (Environmental, Social and Governance), são um conjunto de normas e práticas utilizadas por investidores e outros stakeholders para aferir o desempenho e sustentabilidade das empresas.
Esta avaliação holística pretende assegurar que as empresas pautam a sua atuação por princípios de responsabilidade ambiental, equidade social e robustez dos modelos de governação.
A vertente ambiental centra-se na minimização dos impactos negativos das atividades empresariais sobre o meio ambiente. Visa aspetos como as emissões de carbono, uso eficiente de recursos naturais, gestão de resíduos e desenvolvimento de produtos e serviços ecológicos.
O pilar social abrange questões ligadas à gestão de recursos humanos, saúde e segurança no trabalho, respeito pelos direitos humanos, práticas não discriminatórias, envolvimento comunitário e responsabilidade na cadeia de fornecimento.
Por sua vez, a componente de governança avalia a solidez dos modelos de governo societário, abrangendo a estrutura e independência dos conselhos, transparência, ética empresarial, políticas anti suborno e corrupção, entre outros aspetos.
Importância dos critérios / normas ESG
A integração de critérios ESG assume atualmente uma relevância acrescida para as empresas, por diversas razões, entre as quais:
Resiliência
Ao incorporar preocupações ESG as empresas tornam-se mais resilientes e preparadas para gerir riscos emergentes (alterações climáticas, escassez de recursos, instabilidade social, litígios ambientais/trabalhistas e crises de confiança com stakeholders).
Acesso a financiamento
Os investidores institucionais e particulares estão mais sensibilizados para os fatores ESG e podem condicionar as suas decisões de alocação de capitais ao desempenho das empresas nestas vertentes. As empresas com maus indicadores ESG podem enfrentar dificuldades no acesso a financiamento.
Cumprimento regulamentar
As autoridades reguladoras reforçaram os requisitos de reporting e conformidade sobre questões ESG para uma maior transparência e responsabilização das empresas. O incumprimento pode resultar em penalizações financeiras e danos reputacionais.
Inovação
A adoção de práticas ESG sustentáveis permite às empresas capitalizar novas oportunidades de negócio e desenvolver soluções inovadoras. Representa uma vantagem face à concorrência.
Fidelização de clientes
Consumidores e clientes empresariais cada vez mais valorizam a atuação ética e responsável das organizações com quem se relacionam. Boas práticas ESG reforçam a reputação das marcas, criando maior confiança e fidelização junto dos públicos.
Retenção de talento
Colaboradores qualificados, em particular das gerações mais jovens, procuram empresas alinhadas com os seus valores e preocupações sociais e ambientais. Um forte desempenho ESG contribui para a capacidade de atração e retenção de talento.
Licença social para operar
Ao adotar práticas empresariais sustentáveis, as organizações reforçam a sua legitimidade e “licença social” junto das comunidades locais onde se inserem, prevenindo contestações e conflitos que possam impactar as suas operações.
Linhas de crédito ESG
As empresas ESG são vistas como sendo menos arriscadas financeiramente e esse facto tem promovido a criação de linhas de créditos especiais para empresas por parte dos bancos e instituições financeiras.
Como aplicar critérios ESG na empresa
Para uma empresa aplicar as normas ESG deve integrar preocupações ambientais, sociais e de governança na sua estratégia e operação, de forma a ter um real compromisso com um futuro sustentável.
No requisito ambiental a organização deve empenhar-se em reduzir a sua pegada ecológica através da implementação de estratégias para reduzir as emissões de gases causadores de efeito de estufa, usar os recursos naturais de forma eficiente e dotar práticas sustentáveis na sua operação.
No aspeto social a empresa deve garantir o respeito pelos direitos de cada colaborador e oferecer condições de trabalho justas e segurança. Deve promover também a diversidade e a inclusão, investir no desenvolvimento da comunidade onde se insere e garantir que a cadeia de abastecimento também segue práticas responsáveis.
Relativamente à governança, a empresa deve adotar práticas transparentes e éticas nas suas decisões. A gestão de topo deve demonstrar integridade, implementar políticas claras contra corrupção e garantir a existência de processos de tomada de decisão responsáveis e inclusivos.
A rubrica Gestão em 5 Minutos (G5M) da REWARD Consulting foca-se em temas relevantes para o segmento empresarial, pretende descomplicar conceitos complexos, apresentar novas perspectivas e fornecer estratégias práticas que possam ser diretamente aplicadas no seu negócio.
A série Gestão em 5 Minutos (G5M) é uma das rubricas da REWARD Consulting, com o objetivo de apoiar empresários e empreendedores na melhoria dos seus resultados e métodos de gestão, de forma a permitir que as empresas prosperem num ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo.
A REWARD Consulting atua nas seguintes áreas:
- Consultoria de Negócios
- Apoio a Candidaturas a Sistemas de Incentivos (SIFIDE, RFAI, DLRR, IEFP, PT2030, PRR)
- Contabilidade e Fiscalidade
- Payroll