A criação de empresas em Portugal atingiu o recorde dos últimos 20 anos, em 2005, entre janeiro e outubro. Até outubro 2025 foram criadas 45 273 novas empresas, o que representa mais 3,7% que no período homólogo do ano anterior (mais 1636 novas empresas).
Os dados do Barómetro Informa D&B indicam que a maioria dos setores de atividade registou crescimento no número de empresas criadas entre janeiro e outubro 2025. Os setores em destaque são:
- Atividades imobiliárias, com mais 23% (1025 empresas)
- Construção, com mais 16% (805 empresas)
- Serviços empresariais, com mais 5,3% (391 empresas)
- Consultoria, com mais 6,9% (154 empresas)
- TIC, com mais 9,3% (270 empresas)
- Agricultura e recursos naturais, com mais 19% (247 empresas)
Por sua vez, o setor dos transportes continua a registar descida na quantidade de novas empresas constituídas, atualmente com -12%, o que equivale a menos 880 constituições. A este setor juntam-se os serviços gerais, o retalho, energias e ambiente, também em retração de constituições.
A nível geográfico, o Norte registou 14 200 empresas novas, com o maior crescimento face ao mesmo período de 2024. O algarve foi a única região nacional a registar uma ligeira descida (-1,3%) principalmente devido à quebra no setor dos transportes.
Encerramentos de empresas em baixa e insolvências a descer
O Barómetro Informa D&B informa que até ao final de outubro 2025 encerraram 9622 empresas, o que pode representar uma descida na quantidade de encerramentos registados. Ao considerar dados entre novembro 2024 e outubro 2025 registou-se 13 701 encerramentos, o que representa uma redução face ao mesmo período anterior (menos 2.102 encerramentos).
A queda dos encerramentos é transversal a todos os setores, pelo que se destaca o setor do Alojamento e Restauração.
Relativamente às insolvências, entre janeiro e outubro houve 1676 empresas a iniciar processos de insolvência, menis 4,3% que no mesmo período de 2024. Esta foi a primeira descida após 2 anos de aumento de insolvências.
O setor industrial foi o setor onde a quebra se sentiu mais, com maior foco no têxtil e moda. Os serviços empresariais e os transportes registaram subidas ligeiras de insolvências (com +9,9% e +7% respectivamente).





