ANI publica Relatório Nacional de Inovação 2024 com crescimento em I&D

ANI publica Relatório Nacional de Inovação 2024 com crescimento em I&D

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A ANI publicou o Relatório Nacional de Inovação 2024, ou RNI 2024. Esta edição é dedicada às áreas de Segurança e de Defesa e resulta de uma cocriação com entidades e privadas, entre as quais a FCT e o IAPMEI.

O Relatório Nacional de Inovação 2024 analisa a evolução da inovação em Portugal entre 2023 e 2024, com destaque para o crescimento da investigação e desenvolvimento, a qualificação em defesa e liderança em cibersegurança.

Principais destaques RNI 2024

O relatório conclui que Portugal demonstra uma trajetória evolutiva positiva e robusta nas áreas de inovação, evolução que é impulsionada pelo atual contexto geopolítico que requer maior soberania económica e tecnológica, nomeadamente a nível da Defesa e Segurança nacional.

Existiu também uma forte aposta no capital humano e educação em Portugal. O número de diplomados totais cresceu 11% entre 2019 e 2023, mas as áreas de Proteção, Segurança e Defesa registaram um aumento de 77,4% no mesmo período, o que significa que a qualificação geral da população continua a crescer de forma sustentada, com quase 30% da população entre os 25 e os 64 anos a ter ensino superior em 2023.

O robusto investimento em I&D também se faz sentir em Portugal. A despesa total em I&D aumentou 40% entre 2023 e atingiu os 4,5 mil milhões de euros (1,7% do PIB nacional). As entidades de Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID) aumentaram a despesa em 29%, em linha com o setor e o setor empresarial é o grande motor deste crescimento.

Quanto à inovação empresarial, a percentagem de empresas com atividades de inovação subiu de 32,4% (2016-2018) para 44,7% (2020-2022), as empresas de maior dimensão (acima de 250 colaboradores) demonstram ser as mais inovadoras, com uma taxa de 79,1% e os setores mais dinâmicos são:

  • Informação e comunicação
  • Atividades financeiras
  • Energia

Sobre a infraestrutura científica e digital, esta também sofreu evoluções. A plataforma NAU teve um aumento de utilizadores de 25% e a rede RCTS100 cobre 90% das instituições de ensino superior e a plataforma POLEN ultrapassou 10 petabytes de dados armazenados (10 petabytes equivalem a 10.485.760 gigabytes, aproximadamente 81.950 iPhones de 128gb cheios de dados).

Relativamente à cibersegurança, Portugal apresenta um desempenho bastante superior à média da União Europeia. 53,6% das empresas em Portugal têm medidas formais de segurança em TI (a média da UE é 36%) e 93,2% têm pessoal dedicado (interno ou externo) a cibersegurança, contra 86,6% de média europeia.

Desafios e oportunidades

Apesar de todos os progressos de Portugal, existem desafios relacionados com a valorização económica do conhecimento, proteção de propriedade intelectual (patentes), aposta em tecnologias emergentes e retenção do talento qualificado. O relatório indica que o reforço das políticas públicas focadas nestes pontos é determinante para consolidar a posição nacional num ecossistema global mais competitivo.

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