Portugal evoluiu na generalidade dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável desde 2015, exceto no consumo e na produção sustentável, onde maior parte dos indicadores teve uma evolução desfavorável.
Esta informação foi avançada pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, que menciona que desde 2015 registaram-se evoluções favoráveis ou foram atingidas mais de 50% dos objetivos, exceto nos seguintes objetivos de desenvolvimento sustentável:
- 05 – Género e Igualdade
- 12 – Consumo e produção sustentáveis
- 14 – Conservação dos oceanos
- 15 – Proteção dos ecossistemas terrestres
O aumento do consumo interno de materiais por unidade do PIB (houve um maior consumo para produzir riqueza) aumentou em 2020 face a 2015 e está associado a uma redução significativa do PIB em 2020.
Os resíduos setoriais perigosos per capita aumentaram face a 2015, mas há uma tendenicia favorável na proporção de resíduos urbanos para reciclagem e reutilização, cujos valores estão acima dos registados em 2015.
Quanto à saúde, o INE indica que não se reflete o impacto total da pandemia COVID-19 na sua avaliação, mas que se registam melhorias na quase totalidade das áreas, como a redução da mortalidade infantil e neonatal, o decréscimo de casos notificados de VIH ou a diminuição do número de fumadores.
Já a maternidade materna mesmo tendo ficado abaixo das 70 mortes por 100 mil nados vios, aumentou a taxa de mortalidade atribuída a gontes de água inseguras ou uma redução da ajuda publica ao desenvolvimento para investigação médica e setores básicos de saúde.
O INE regista que, quanto ao objetivo Género e Igualdade, em 2022 foram eleitas mais mulheres para o parlamento face a 2015, mas menos do que em 2019. Houve um decréscimo de mulheres presidentes de autarquias em 2021 face às eleições de 2017.
Inversamente a proporção de mulheres em posições de chefia na Administração Pública e dirigentes em explorações agrícolas por conta própria aumentou, no entanto a situação do género está longe da paridade nestas áreas.
No objetivo Ação climática conclui-se que Portugal conseguiu reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 32.9% desde 2005. No entanto serão precisos mais progressos para cumprir a meta de redução de 55% até 2030.
O INE avalia a evolução através da taxa de variação entre o ano mais recente disponível e o primeiro ano disponível desde 2015.
Quase metade dos 163indicadores com dados disponíveis para Portugal contém informação referente a 2020, 21% são de 2021, 10,4% de 2019 e 20,2% de outros anos.
Dos indicadores que foram alvo de análise, 66 já atingiram a meta ou evoluíram num sentido favorável. 37 indicadores evoluíram no sentido contrário ao desejável expresso pela meta onde se inserem.
O INE realça que as variações entre os indicadores de 2020 foram fortemente influenciados pelos efeitos da pandemia face aos indicadores de 2019 e que é prematuro tirar ilações sobre a mudança nas tendências que se verificavam nos anos anteriores.