A Rauva, fintech portuguesa, comprou a licença bancária do Banco Empresas Montepio por 35 milhões de euros. O Banco Montepio por sua vez desfez-se do antigo Montepio Investimento.
A operação da Rauva ainda aguarda a aprovação dos reguladores, pelo que nos próximos meses deve concluir o processo, conforme indicou o CEO Pedro Leitão (Montepio Geral). Os ativos, passivos, operações e trabalhadores do Banco Empresas Montepio serão transferidos para o Banco Montepio antes que a transação esteja concluída.
O valor da venda do BEM à Rauva tem como referência um múltiplo de entre 1,15x a 1,18x capitais próprios do BEM à data de conclusão da operação (estima-se 30 milhões de euros), pelo que o valor total previsto da transação se cifra nos 35 milhões de euros.
A venda do BEM é mais um passo na direção do ajustamento que o Banco Montepio Geral tem vindo a realizar desde 2020 sob a gestão de Pedro Leitão. O Montepio Geral avançou anteriormente com um plano de saída que abrangia centenas de colaboradores, o fecho de agências e a alienação de operações (Angola e BEM).
A Rauva, por sua vez, assume-se como a super app dos negócios em Portugal e Jon Fath (cofundador e CEO) pretende fazer com que a Rauva seja um banco europeu, ajudar os negócios de pequena e média dimensão e ajudar os empreendedores a gerir os negócios.
A Rauva pretende expandir a licença do BEM para o resto da Europa e criar uma proposição de valor em primeiro lugar em Portugal (onde se encontra a equipa), depois então expandir para o resto da Europa.