Taxing Wages – Portugal teve a 8ª maior carga fiscal sobre o trabalho na OCDE

Taxing Wages – Portugal teve a 8ª maior carga fiscal sobre o trabalho na OCDE

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Portugal teve a 8ª maior carga fiscal na OCDE durante 2023, de acordo com o relatório Taxing Wages, lançado a 25 de abril 2024. Segundo o mesmo, a carga fiscal em Portugal encontra-se em subida pelo 5º ano consecutivo.

O relatório Taxing Wages indica que as taxas efetivas médias de imposto sobre o rendimento do trabalho aumentaram em toda a OCDE, ou Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, durante 2023 e que a inflação permaneceu acima de níveis históricos.

Em Portugal, um trabalhador solteiro e sem filhos que auferiu 23.714 euros em 2023 levou para casa 57,7% do valor bruto. Já na OCDE a carga tributária subiu 0,13% para 34,8% em 2023, uma subida que se registou em 23 dos 38 países da organização, pelo que apenas 2 países não obtiveram alterações (Chile e Hungria).

Quanto ao salário médio, registou-se um aumento do mesmo em 37 países da OCDE. No entanto, em termos reais o salário médio desceu em 18 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Já Portugal integra o lote de países onde o salário registou um real crescimento (com 1,8%).

A Bélgica (com 52,7%), Alemanha (com 47,9%), França (com 46,8%) e Itália (45,1%) lideram o ranking de países com maior carga fiscal em toda a OCDE. Por sua vez, Colômbia (0%), Chile (7,1%) e o México (20%) encontram-se no lado oposto da tabela, com a menor carga fiscal da OCDE.

Conclusões principais do relatório Taxing Wages

As principais conclusões do relatório Taxing Wages indicam que a carga média para trabalhadores solteiros aumentou na maioria dos países em 2023.

  • Os trabalhadores solteiros sem filhos que recebem o salário médio nacional foi de 34,8% dos custos laborais em 2023;
  • A carga fiscal para este tipo de agregado entre 2022 e 2023 aumentou em 23 países e diminuiu em 13;
  • As maiores cargas fiscais para este agregado em 2023 foram registadas na Bélgica (52,7%), Alemanha (47,9%), Áustria (47,2%), França (46,8%) e Itália (45,1);
  • A taxa de imposto média pessoal para este tipo de agregado foi de 24,9% dos rendimentos salariais brutos em 2023.

Indica também que a carga fiscal média para famílias com filhos registou um aumento na OCDE em 2023.

  • A carga fiscal média para o casal com dois assalariados (com 100% do salário médio e 67% do mesmo) com 2 filhos foi de 29,5% em 2023;
  • O maior aumento nos 8 tipos de agregados familiares entre 2022 e 2023 foi verificado na carga fiscal para o casal com 2 assalariados, de 167% do salário médio sem filhos;
  • O único tipo de agregado familiar em que a carga fiscal média registada na OCDE diminuiu em 2023 face a 2022 foi o dos pais solteiros que ganha 67% do salário médio;
  • A carga fiscal para casais com 1 trabalhador e 2 filhos era inferior à de trabalhador solteiros em quase todos os países da OCDE.

Todos os dados sobre Portugal podem ser encontrados aqui.

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