As candidaturas SIFIDE bateram recordes. A ANI – Agência Nacional de Inovação recebeu 3.283 candidaturas ao SIFIDE, ou Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial, relativas ao exercício fiscal de 2020 até ao encerramento de período de candidaturas (que originalmente iria terminar no final do mês de Junho e foi prolongado até dia 31 de julho de 2021).
No total foram declarados investimentos de 1.558 milhões de euros em I&D, o que denota um acréscimo de 27% face ao ano anterior. Foi solicitado um crédito fiscal que ronda os 745 milhões de euros, um acréscimo de 36% perante 2019).
Estas candidaturas correspondem a 8.010 projetos relacionados com I&D, mais 24% do que no exercício fiscal anterior em que foram submetidos 6.467 projetos e foram também identificadas 680 empresas com atividades de I&D que não tinham submetido candidatura ao SIFIDE durante 2019. Constatou-se um crescimento do investimento em I&D pelas empresas, tal como o surgimento de fundos de capital de risco em I&D.
Estes fundos registaram 1.004 candidaturas de investimento, um acréscimo de 74% face a 2019 e subscreveram cerca de 400 milhões de euros em 2020, montante a ser investido durante os próximos anos em atividades de I&D.
A região Norte apresentou maior parte das candidaturas ao SIFIDE (1.343 candidaturas que correspondem a 41% do total), seguida pela Área Metropolitana de Lisboa (28%) e Centro (23%). A região norte realizou o maior investimento declarado (595 milhões de euros), seguida pela Área Metropolitana de Lisboa (com 576 milhões de euros).
Entre 2015 e 2020 os setores com maior volume de candidaturas e investimento em I&D foram “atividades de informação e comunicação”, “consultoria técnica, científica e serviços de apoio” e “comércio por grosso e a retalho”, “produtos e preparações farmacêuticas”, “equipamento informático, elétrico, eletrónico e de ótica”, “indústrias alimentares e bebidas” e material de transporte”.