Plano de Ação Industrial para o Setor Automóvel com investimento de 1,8 mil milhões

Plano de Ação Industrial para o Setor Automóvel com investimento de 1,8 mil milhões

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A Comissão europeia anunciou o Plano de Ação Industrial para o Setor Automóvel, em conjunto com um investimento de 1,8 mil milhões de euros para aumentar a competitividade do setor automóvel na Europa, com a inclusão de um “pacote de aceleração das baterias”.

Apostolos Tzitzikostas foi o comissário que apresentou ontem o Plano de Ação Industrial para o Setor Automóvel. Menciona que existe uma pressão imensa sobre esta indústria e considera que a mesma está sob ameaça devido a riscos na cadeia de abastecimento e dependência na importação de matérias-primas.

A indústria automóvel é responsável por aproximadamente 7% do PIB da União Europeia e emprega, de forma direta e/ou indireta, quase 14 mil milhões de pessoas.

O plano de ação apresentado assenta em 5 eixos de ação

  • Inovação e digitalização
  • Mudança para mobilidade mais limpa
  • Competitividade e resiliência das cadeias de valor
  • Capacitação
  • Garantia de um ambiente de negócios harmonizado (level playing field)

Serão disponibilizados 1,8 mil milhões de euros para a criação de uma cadeia de fornecimento segura e competitiva para as matérias-primas das baterias, que irá suportar o crescimento da indústria automóvel no continente europeu.

A comissão europeia reforça que a distribuição dos montantes indicados será realizada num horizonte de 2 anos e servirá para apoiar as empresas que fabricam baterias na UE. Esta iniciativa é apelidada de “pacote de aceleração das baterias”.

Apostolos Tzitzikostas considera que a inovação e a digitalização serão o ponto de mudança para a indústria automóvel visto que as empresas da UE estão a perder competitividade tecnológica. Para além dos fundos será criada uma Aliança Europeia de Veículos Conectados e Autónomos, para desenvolver a “próxima geração” de veículos.

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No futuro será lançado o enquadramento legal para veículos autónomos. As ações serão apoiadas por investimentos na ordem dos mil milhões de euros.

Quanto à descarbonização, o plano de ação industrial para o setor automóvel reforça a necessidade de os Estados-Membros da UE atuarem face às frotas corporativas, que representam 60% dos novos registos automóveis.

Em simultâneo será proposta uma correção aos objetivos de emissões no setor. Os fabricantes automóveis terão um prazo de 3 anos (entre 2025 e 2027) para cumprir os objetivos propostos. A ambição para 2025 mantém-se, porém existe uma margem para compensar em caso de não cumprimento dos objetivos.

Por último, está prevista a promoção da procura de veículos de zero emissões, de forma a fomentar a confiança dos consumidores via melhorias na durabilidade das bateria e na sua reparação.

A Comissão Europeia vai ainda garantir um ambiente de negócios harmonizado, com mecanismos de comércio defensivos, como as medidas anti-subsídio, para proteger as empresas europeias de competição injusta. Representantes da ARA – Aliança das Regiões do Setor Automóvel, composta por 36 regiões, criticaram a falta de reconhecimento do papel das regiões na gestão da transição para a eletrificação do setor. Guido Guidesi considera o plano um avanço, mas insuficiente e defende a aplicação de neutralidade tecnológica em vez do foco nos veículos elétricos (que pode beneficiar a economia da China).

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