Portugal registou uma subida no ranking de literacia financeira da União Europeia (UE), de acordo com os mais recentes dados do Eurobarometer.
Os resultados do Eurobarometer mostram que 18% dos cidadãos da UE exibem um alto nível de literacia financeira, 64% exibe um nível médio e os restantes 18% exibem um nível baixo.
No quadro F1, conhecimento financeiro geral, Portugal aparece em penúltimo lugar, à frente da Roménia, no entanto abandonou a última posição que ocupava anteriormente. As questões
No entanto, existem diferenças significativas entre os Estados-Membros. Em apenas quatro Estados-Membros, mais de um quarto dos cidadãos obtêm uma pontuação alta em literacia financeira (Países Baixos, Suécia, Dinamarca e Eslovénia).
No que diz respeito ao conhecimento financeiro, apenas cerca de um quarto dos inquiridos respondeu corretamente a pelo menos quatro de cinco perguntas sobre conhecimento financeiro. Cerca de metade dos inquiridos respondeu corretamente a apenas duas ou três perguntas, com outro quarto a encontrar as perguntas particularmente desafiadoras.
A maioria dos inquiridos (65%) compreende o impacto da inflação e suas potenciais consequências no poder de compra. Apenas 45% dos inquiridos entendem como funciona o juro composto, apesar da importância deste conceito para a gestão das finanças pessoais e a realização de objetivos de poupança a longo prazo.
No que se refere ao comportamento financeiro, cerca de nove em cada dez inquiridos em toda a UE concordam que, antes de comprarem algo, consideram se podem pagar por isso. Uma proporção semelhante de inquiridos concorda que acompanham e monitorizam as suas despesas.
No quadro Q11, Portugal figura novamente em penúltimo lugar, à frente da Grécia. Cerca de três quartos dos inquiridos em toda a UE relatam sentir-se confortáveis com o uso de serviços financeiros digitais, como banca online ou pagamentos móveis. Este número é superior a 60% em todos os Estados-Membros, sendo o mais alto na Finlândia (95%).
No quadro Q12, referente à confiança sobre a qualidade dos conselhos de investimento facultados por entidades financeiras, Portugal surge em 5º lugar, apenas superado pela Finlândia, República Checa, Dinamarca e Áustria.
No que diz respeito à resiliência e inclusão financeira (quadro Q9), em toda a UE, 46% dos inquiridos respondem que têm (ou tiveram nos últimos dois anos) um seguro não-vida, como seguro de habitação ou seguro automóvel; 31% relatam ter (ou ter tido nos últimos dois anos) um seguro de vida.
Referente ao quadro Q8, quando questionados sobre quanto tempo seriam capazes de continuar a cobrir as suas despesas de vida, sem pedir dinheiro emprestado ou mudar de casa, no caso de perderem a sua principal fonte de rendimento, um terço dos inquiridos (33%) responde que seria seis meses ou mais. Portugal apresenta os seguintes resultados:
• 29% de respostas em “6 meses ou mais”,
• 19% de respostas “pelo menos 3 meses, mas não 6”,
• 16% de respostas “pelo menos 1 mês, mas não 3 meses”,
• 6% de respostas pelo menos 1 semana, mas não 1 mês”,
• 21% de respostas “não tenho poupança de emergência”
• 8% optou por não responder
A maioria dos inquiridos em toda a UE sente-se ‘não muito confiante’ (32%) ou ‘nada confiante’ (22%) de que terão dinheiro suficiente para viver confortavelmente durante os seus anos de reforma.
Dados mais detalhados sobre o nosso país podem ser consultados neste documento da União Europeia. A generalidade dos dados pode ser encontrada aqui (em inglês).