Em 2021 Portugal subiu ao 16º lugar no ranking digital da UE, nomeadamente no Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES). A subida de 3 lugares no ranking que partilhamos com os outros 26 Estados-membro foi divulgada pela Comissão Europeia.
Este ano houve um ajustamento para refletir as duas principais iniciativas políticas com impacto na transformação digital da EU, o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RR) e as Orientações para a Digitalização da Europa a ocorrer na próxima década.
Existem 33 indicadores de 4 dimensões que constituem o IDES, são o capital humano, conectividade, empresas e serviços públicos. Portugal subiu em termos absolutos em 13 desses indicadores comparativamente a 2020, ano do início da pandemia COVID-19.
Segundo o relatório da Comissão Europeia Portugal registou um aumento significativo da percentagem de especialistas em TIC, aproximando-se da média da União Europeia.
Quanto à conectividade, a Comissão Europeia indica que Portugal apresenta um bom desempenho no ranking digital da UE em matéria de cobertura de VHCN, rede de capacidade muito elevada, e de banda larga rápida. No entanto adverte que continua a ser necessário um esforço adicional para garantir que a cobertura de VHCN e a adoção de banda larga móvel sejam uma realidade para todas as famílias e nas zonas rurais.
A adesão à banda larga fixa de no mínimo 100Mbps em Portugal aumentou de 56% para 63%, o que eleva o país em relação à média da União Europeia (34%), mas Portugal tem atrasos na adesão à banda larga móvel.
O atraso na implementação do 5G também é referido no relatório, sendo dadas recomendações no sentido de alavancar a implementação de 5G em Portugal.
Quanto às empresas é indicado que há uma percentagem de 51% de empresas portuguesas com nível básico de intensidade digital (abaixo da média da EU de 60%) e que a percentagem do uso de TIC para sustentabilidade ambiental de PME e o uso de IA são acima da média da UE.
A quantidade de empresas que usa serviços na Cloud subiu em relação a 2020 e Portugal está entre os primeiros lugares da UE quanto aos serviços públicos digitais, pelo que tem um desempenho superior à média comunitária quanto ao uso de formulários pré-preenchidos em linha e de serviços digitais para o público e empresas.
A melhoria de competências digitais permanece uma prioridade para Portugal, tal como consta no PRR, que tem iniciativas para diversos grupos da população.